SURUBIM


Por: Pepe Mélega
Foto/Ilustração: Lester ScalonPublicado em: 12/2011
Nome: Surubim ou Pintado

Nome científico: Pseudoplatystoma corruscans

Água doce ou salgada: Doce

Família: Pimelodídeos

Características: Esses magníficos peixes são encontrados exclusivamente na América do Sul. Tanto sua pesca, como o sabor de sua carne, tornaram-nos a espécie de couro de água doce mais conhecida dos brasileiros. Sua distribuição está restrita à Bacia do Prata e do Rio São Francisco. Os maiores exemplares são encontrados no Rio São Francisco. Lá, podem ultrapassar 90 kg. Na Bacia do Prata, exemplares desse porte são mais raros. Têm corpo roliço, que vai afinando em direção à cauda, com o abdome levemente achatado. A cabeça é fortemente deprimida (achatada). Possuem três pares de barbilhões, característicos da família a que pertencem, dos Pimelodídeos. A maxila é bem maior que a mandíbula e ambas estão munidas de placas dentígeras, que acompanham as proporções das maxilas. A coloração tende sempre ao cinza, ora chumbo, ora azulado. Após a linha lateral, a cor torna-se branca ou ligeiramente creme. Acima da linha lateral, observam-se estreitas faixas brancas posicionadas transversalmente em relação ao corpo. Atingem seguramente mais de 1 m de comprimento.

Hábitos: Têm hábitos alimentares carnívoros. Predam quase que exclusivamente peixes e por isso são chamados de piscívoros. As poderosas mandíbulas pegam as presas a as prendem com força, impedindo que escapem por intermédio das placas dentígeras, dotadas de numerosos dentículos. Habitam calhas principais de rios nos poços mais fundos e entram em regiões alagadas na época das cheias. Podem ser encontrados em corixos e vazantes à caça de alevinos, juvenis e adultos de outras espécies como Curimbatás, Lambaris, Tuviras e Jejus, entre outros.

Curiosidades: Ganharam seu nome popular devido à presença de manchas negras que recobrem o corpo e as nadadeiras ímpares, inclusive as pélvicas. Elas são mais numerosas no dorso, ausentes no abdome e podem ser confluentes.

Onde encontrar: Encontram-se em calhas de rios, dos mais largos aos mais estreitos, sob camalotes, nos encontros de água formados por saídas de rios ou bocas de lagoas e em lagos permanentes. Costumam também freqüentar também poços junto a barrancos verticais. À noite, procuram áreas mais rasas junto a margens, para caçar pequenos peixes.

Dicas: Piloteiros experientes orientam para esperar as corridas dos peixes, para então fisgar. Nesses momentos, a isca está inteira na boca do bicho, o que facilita ferrar. Seja paciente, espere a hora certa!

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