segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estudo permite a identificação de espécies nocivas à piscicultura

 
Em Manaus, no Amazonas, uma pesquisa possibilitou a identificação de bactérias que causam doenças a peixes da Amazônia. O estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), mostra caminhos para a redução do índice de mortalidade de peixes cultivados em criadouros.

O estudo pioneiro desenvolvido pela mestre em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva do Inpa, a pesquisadora Eliane Cardoso Carvalho,  permitiu a identificação de bactérias causadoras de doenças em pirarucus, tambaquis e matrinxãs e servirá como base para a tomada de medidas preventivas que reduzam a mortalidades dessas espécies criadas em cativeiros.
“As infecções em peixes são responsáveis por grandes perdas em criações intensivas as quais, muitas vezes, apresentam índice de mortalidade que pode chegar a 100%”, disse Eliane Casdoso Carvalho, que também destacou “Em peixes cultivados em criadouros, as enfermidades bacterianas ocorrem devido ao manejo não adequado, que leva à perda do muco, danos na superfície do animal, além de estresse”.
A pesquisa aponta que as bactérias dos gêneros Aeromoas, Cytophaga, Mycobacterium e Pseudomonas estão sempre presentes nos tanques e a presença de fatores estressantes aos animais pode desencadear o aparecimento de doenças.
Para identificar bactérias desconhecidas, até então, forma analisados 72 isolados bacterianos de peixes. “Foram 28 isolados de pirarucu, 17 de tambaqui e 26 isolados de matrinxã nos quais foram identificadas 35 espécies bacterianas. Destas, 11 ainda não haviam sido descritas e para as demais já há medidas profiláticas”, afirmou a pesquisadora.
As amostras, durante o estudo, foram analisadas fenotípica e molecularmente, além de serem feitas reconstruções filogenéticas que viabilizaram a identificação de bactérias até então desconhecidas. “Além do ineditismo da abordagem conjunta (fenotípica e molecular) em peixes de cultivo no Amazonas, destaca-se o registro de espécies bacterianas até então isoladas em peixes, como Kluyvera georgiana, Acinetobacter calcoaceticis e Myroides odoratus”, concluiu Eliane Cardoso Carvalho.
(Com informações de http://www.portalamazonia.com.br)

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