segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tubarões pelo turismo


Setor precisa desenvolver meios de explorar a fama que o Recife ganhou por causa do animal
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Nos anos 90, o turismo de lazer era o forte do Recife. A cidade, assim como as demais capitais do Nordeste, era destino de sol e mar.

Vinham pra cá os interessados em curtir a praia, lagartear na areia e tomar muito banho de mar. Os ataques de tubarão vieram para acabar com essa tranquilidade. Nada mais de entrar na água à vontade, ir lá para o fundo.

Curiosamente, para o turismo, isso acabou sendo muito bom. O trade investiu fundo no segmento de negócios, hoje responsável por manter os hotéis funcionando em alta o ano inteiro. E não foi bom só para os hotéis. O turista de negócios gasta mais no destino, usufrui da rede gastronômica da cidade, faz compras, estica a visita após o evento e, muitas vezes, traz a família, beneficiando toda a cadeia econômica.

Aos poucos, aquela plaquinha vermelha avisando que em alguns pontos da orla o banho é proibido virou parte integrante da praia. Turistas adoram tirar fotos ao lado dela. Mas essa (hoje) peculiaridade local poderia ser bem melhor explorada. Logicamente, não dá para fazer fôlder convidando: venha para o Recife, terra de tubarão. Mas bem que poderíamos ter alguns suvenires temáticos ou mesmo uma exposição permanente em museu sobre o animal, destacando suas características, tipos mais observados no mar local, etc.

Em Aruba, recentemente, vi lindos copinhos com tubarão sendo vendidos nas lojas. E, numa piscina de coral, uma turista apontava para peixinhos que mais pareciam girinos, dizendo: sharks! Quase que eu digo: é porque a senhora nunca foi no Recife!

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