A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), vem intensificando suas ações para promover a piscicultura do município de Paulo Afonso.
O superintendente da CAR, Dernival Oliveira, visitou, nesta semana, projetos da região que trabalham com a tilápia e se reuniu com associações e a iniciativa privada local para discutir os novos nichos de mercado.
De acordo com Dernival, a CAR está trabalhando em um projeto que visa o término da implantação de uma unidade de beneficiamento de tilápia em Paulo Afonso, em parceria com a BAHIA PESCA/SEAGRI, e a implantação de uma unidade de curtimento de pele da tilápia. “A tilápia é hoje uma veia primordial para o desenvolvimento do Território de Identidade de Itaparica, onde Paulo Afonso e glória são os maiores produtores. Paulo Afonso já reúne a produção de alevinos e de ração, unidade de beneficiamento de pescado da NETUNO, assistência técnica da Bahia Pesca e pesquisa e extensão através da Uneb. A implantação do curtume fechará todos os elos da cadeia produtiva do peixe”, disse.
Foram realizadas visitas a criatórios de tilápia em tanques-rede e empresas que trabalham com o pescado, como a Netuno, uma das maiores do país. Para o técnico responsável pelo projeto da CAR, Marcos Rocha, que também esteve presente, esse foi um momento importante para o desenvolvimento dos trabalhos.“Estamos, decididamente, consolidando a vocação natural do território para a piscicultura”, afirmou.
Segundo Rocha, a proposta do curtume, no valor de R$ 890 mil, deve beneficiar, aproximadamente, dez mil peles por dia, favorecendo cerca de mil pequenos piscicultores da agricultura familiar, reunidos em associações em Paulo Afonso e Glória. “A ideia é que trabalhemos com um subproduto da tilápia evitando o impacto ambiental gerado pelo descarte das peles nos lixões, gerando renda para as famílias envolvidas”, afirmou.
Atrelado ao projeto do curtume, a CAR deve estabelecer parcerias para a implantação de pequenos ateliês de artesanato, nos quais as peles beneficiadas serão transformadas em acessórios da moda, como cintos, bolsas, carteiras e calçados. Para isso, a CAR deve contar com a ajuda da empresária e designer de moda Denusa Demarchi, que dará cursos em comunidades que tenham potencial para trabalhar com o material.
CAR prospecta novos mercados
Com a proposta do curtume já em fase final, foram realizadas visitas também a associações que trabalham com couro e a grandes marcas como a ‘K e K Couros’, localizada em Juazeiro no Norte (Ceará), para medir a aceitação desta inovação, aumentando contatos para possíveis parcerias.
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