sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Piscicultura gera oportunidades no Norte do Paraná


Produtores da região participaram de encontro ontem em Londrina para ficarem por dentro das novidades do setor                                                   



Emater torna o produtor de pescado da região competitivo por meio da assistência técnica
Com o objetivo de fomentar a piscicultura no Norte do Paraná, a Emater, em parceria com a Associação Norte Paranaense de Aquicultores (Anpaqui), realizou ontem, na sede do Sindicato Rural de Londrina, a primeira reunião do ano do programa Amigos do Peixe. Criado em 1994, o encontro visa levar aos produtores da cadeia produtiva informações referentes à assistência técnica, novidades do setor, lançamentos da piscicultura, entre outros. 
Luiz Eduardo Guimarães, engenheiro de pesca da Emater, afirma que a assistência técnica é uma das únicas ferramentas que pode impulsionar o setor. Guimarães é o responsável pela assistência de 120 criadores cadastrados na região Norte do Estado. O número de técnicos disponíveis, segundo ele, é muito pouco para atender o crescimento desse mercado. Mas, segundo ele, a Emater ainda consegue dar conta das solicitações. ''Muitos produtores têm dúvidas sobre manejo adequado, escolha do local e, principalmente, sobre legislação ambiental'', explica. 

Marcos Roberto Moreno, presidente da Anpaqui, associação que possui mais de 80 piscicultores no Norte do Paraná, revela que hoje o comércio está acelerado. ''A demanda cresceu muito e a oferta não acompanhou'', destaca. Moreno frisa que, com a devida assistência técnica, o produtor pode atender as necessidades do mercado. 

Alessandro Moreira, produtor da região de Alvorada do Sul, conta que sempre participa dos encontros da Emater no sindicato. ''Estou aqui para somar e aprender'', sublinha. Por isso, Moreira é considerado uma referência em volume de produção. Por ano, ele capta de seus tanques 80 toneladas de tilápia. Com os bons rendimentos que obteve com esse mercado, o produtor já construiu um abatedouro na região de Londrina com capacidade de processar até 10 toneladas por mês. Segundo ele, esse número só não é maior porque nos meses mais frios do ano a produção despenca. 

Causas 

O engenheiro de pesca da Emater, Luiz Guimarães, informa que manter uma boa produção no inverno é uma tarefa difícil. Porém é possível amenizar os efeitos do clima. ''Com técnicas ligadas ao manejo adequado como a alimentação correta, por exemplo, os índices de mortalidade nos tanques podem diminuir de forma significativa. Cada quilo de tilápia, explica o produtor de Alvorada do Sul, pode ser vendida a R$ 3,50, a um custo de produção de R$ 2,70 o quilo. ''A piscicultura chega a ser mais vantajosa do que a avicultura, por exemplo'', destaca.

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