sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Início da Quaresma aquece mercado de peixes e faz vendas dispararem


Na quarta-feira de Cinzas (22) inicia-se o período católico da Quaresma. Durante 40 dias que antecedem a Páscoa, os cristãos alimentam a tradição milenar de consumir peixe nas quartas e sextas-feiras. 


Tal tradição é vista com bons olhos e aguardada com afinco pelos comerciantes que vende variedades de peixes e carnes brancas. É que em nome de manter o costume vivo, os católicos aquecem o mercado e tornam os peixes como um dos principais produtos das ceias. 

 Já na manhã desta quarta-feira a alta no movimento foi vista no Mercado do Peixe de Teresina, localizado na avenida dos Expedicionários, zona Leste da capital. Mas não somente o grande movimento. Consumidores também se queixam do alto no valor do produto.

É o caso do professor José Rodrigues. Ele conta que os preços assustaram e ainda defende política pública que ajude a popularizar o produto, tornando-o mais acessível às camadas de baixa renda da sociedade.

“Se o peixe fosse mais barato, todo mundo comeria e não só no período da Quaresma. Acredito que deva ser feito alguma coisa para popularizar o produto que é tão bom e faz bem à saúde”, defende o professor.

A opinião de José Rodrigues também é divida com o bancário Júlio César. Ele relembra que a prática de comer carne branca no período que antecede a Quaresma é cultural, por isso, mais difícil de não se render ao consumo.

“Eu to achando os preços muito caros, mas a gente precisa se render e pagar porque enfim é a Quaresma”, justifica o bancário.

Os peixes mais procurados são a Pescada Amarela, custando até R$ 22 por quilo, Tambaqui e a Tilápia, custando em média R$ 8 o quilo. Segundo a vendedora Rufina Figueiredo, a alta nos preços se dá porque o mercado interno do Piauí não produz o suficiente para se manter.

“Compramos os peixes de outros Estados. Os comerciantes têm que tirar o deles já que pagam impostos e tem o custo para transportar. Não nos resta outra opção se não repassar o custo para os consumidores”, explica Rufina.

Entretanto, uma dica valiosa para aqueles que não podem ficar sem o alimento é aproveitar a grande oferta e fazer estoques, já que com o passar do tempo, a proximidade da Quaresma, e a baixa nos estoques dos vendedores podem contribuir para a elevação dos preços.

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