quinta-feira, 7 de junho de 2012

Instituto do Meio Ambiente

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Gincana em Alagoas com pescadores, recolhe toneladas de lixo nas águas da Mundaú
Toneladas de lixo foram retiradas das margens da Lagoa Mundaú por pescadores que participaram de uma gincana promovida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA/Alagoas), no trecho entre o Pontal da Barra e o Flexal de Baixo, em Bebedouro.
Com apoio da Federação dos Pescadores de Alagoas, o evento mobilizou pescadores das colônias Z-2, Z-4, Z-5 e Z-16 em três pontos da cidade de Maceió. A montanha de lixo – principalmente garrafas pet, sacos plásticos e uma quantidade assustadora de pneus – retirada pela comunidade mostrou a gravidade dos níveis de poluição naquele complexo.

O volume de lixo retirado pelos pescadores usando apenas as mãos revela que um trabalho planejado e com uso de equipamentos adequados de coleta é necessário e urgente. “Precisamos que seja feita limpeza, desassoreamento e um trabalho de conscientização. Isso é lixo doméstico jogado pela comunidade”, reclamou a presidente da Colônia Z-4, Eliane Moraes.

Segundo ela, o complexo estuarino Mundaú/ Manguaba tem padecido com a poluição e, se não forem adotadas providências, a lagoa vai desaparecer. Vasos sanitários e sofás, cadeiras de ferro, mangueiras e outros objetos poluidores assustaram a presidente da colônia e a própria comunidade do Flexal de Baixo. Para Eliane, um trabalho de coleta seletiva é fundamental para reduzir a poluição nas lagoas. Ela defendeu a reativação do projeto Gari Pescador, já desenvolvido pela Prefeitura de Maceió, que remunerava pescadores para cuidar da limpeza da lagoa. “Além da garantia de uma renda extra, ajudava a preservar o meio ambiente”, argu-mentou.

O presidente do Comitê do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), Ronaldo Cerqueira, acompanhou a ação na Lagoa Mundaú. Diante de uma cena fora do comum – um homem andava de cavalo há mais de 30 metros da margem –, Cerqueira apontou para o assoreamento da Lagoa Mundaú. Além do absurdo volume de lixo que polui as lagoas, ele disse que o assoreamento é outro sério problema. “A limpeza não funciona adequadamente e a SMCCU não fiscaliza como deveria a ocupação e outros danos que ocorrem às margens das lagoas”, reclama ele.


Fonte:ipesque

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