domingo, 15 de julho de 2012

Projeto Sururu das Lagoas

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Após 6 meses de experimento, Sepaq avalia produção do molusco e tem novas ações
A Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq) iniciou em fevereiro, o projeto experimental Sururu das Lagoas, com o objetivo de desenvolver tecnologia no cultivo do molusco, visando à inclusão social e econômica da população do entorno, por meio do trabalho coletivo e agregação de valor.
Nesta quarta-feira (11) o superintendente Edson Maruta e outros técnicos da pasta foram às águas da Lagoa Mundaú e começaram a colher os resultados da ação.

Com o início do inverno e chegada da água doce, dessalinizando o ambiente, favorável ao cultivo do sururu, os técnicos da Sepaq resolveram fazer a colheita da instalação das 6 boias, com 12 cordas esticadas em cada uma delas, até a profundidade de 2 metros e meio. Ao longo da corda, foram colocados pequenos sacos vazados, para verificar se o sururu cresce naquele ambiente. Os resultados observados foram positivos.

“Além de seis meses terem se passado, período suficiente para avaliarmos o cultivo, também pensamos em evitar o processo de mortalidade do molusco. Assim, retiramos a produção do sururu das águas e tivemos surpresas positivas. Em 10 minutos colhemos quatro latões!”, explicou o superintendente da Sepaq.

De acordo com o pescador de sururu, Ednaldo Silva, para se conseguir pescar a mesma quantidade, que foram quatro latões, leva-se ao menos uma hora. Observando-se esse resultado, os técnicos comprovaram que o molusco também pode ser produzido ao longo da coluna d’água, desmistificando a questão do cultivo, apenas na lama da lagoa.

A ideia inicial, segundo Edson Maruta era de produzir sururu de capote, com a concha maior, como acontece com o mexilão em Santa Catarina e na Espanha.

“Não conseguimos, com esse experimento, produzir o sururu de capote, que é um alimento de melhor produtividade, comercialização e com agregação significativa ao valor final, porém visualizamos a possibilidade de uma plataforma produtiva flutuante em determinadas áreas da lagoa, que apesar de apresentar sururu, possuem profundidade superior a oito metros, o que torna impossível ser pescado da forma que é hoje, pelas mãos dos catadores, em meio à lama”, completou.


Plataforma flutuante

A plataforma consiste em ter uma base flutuante, que será o apoio de 36 cordas com 10 metros de profundidade, cada. Elas serão utilizadas para o cultivo de sururu, e também contará com uma área de apoio na realização dos manejos, para que além da produção quantitativa, melhore o porte do molusco, por meio de repicagem e seleção, formando lotes homogênios de cultivo.

O início dos trabalhos com a plataforma, ainda não tem previsão de acontecer, no entanto, segundo o superintendente, será o mais rápido possível, já que conta com todo apoio do secretário Regis Cavalcante, desde, porém, que todas as possibilidades técnicas sejam favoráveis.


Fonte: Governo do Estado de Alagoas com informações da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura

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